Álbum do Centenário
A sucessão de acontecimentos históricos de Santarém tem início bem antes da chegada do jesuíta João Felipe Betendorf em 22 de junho de 1661, quando foi estabelecida a Missão dos Tapajós. Entretanto, a partir dessa data consideramos o efetivo início da historiografia local. Ficou nessa situação até 14 de março de 1758, ocasião em que o governador da Província do Grão-Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, elevou a missão à categoria de Vila.
Passaram-se 90 anos, e a 24 de outubro de 1848, o Presidente da Província, Jerônimo Francisco Coelho, referendou a Lei número 145, que elevou à categoria de Cidades as Vilas de Santarém, Cametá e Barra do Rio Negro (Manaus).
Em 1948, por ocasião do centenário da elevação de Santarém à categoria de cidade, o prefeito Aderbal Tapajós Caetano Corrêa (1948/51), a fim de homenagear a importante data, publicou o "Álbum do Centenário", fartamente ilustrado, onde traz uma radiografia da cidade, realçando os aspectos sócio-econômicos de Santarém.
A comissão organizadora do álbum era composta pelo tabelião do 2ª ofício da Comarca, Santino Sirotheau Corrêa; o escrivão da Mesa de Rendas do Estado, Jorge Franco de Almeida; e o chefe da Agência Modelo de Estatística, meu saudoso amigo Eymar da Cunha Franco que, com toda certeza, foi quem fez a pesquisa para compor os dados gerais do município, escreveu o texto e editou o álbum.
Interessante destacar os dados da balança comercial do município, que de 1933 a 1947 somente em 1946 alcançou superávit, quando a receita das exportações de produtos primários regionais: juta, madeira, peles silvestres, arroz, borracha, essência de pau-rosa, cacau, jutaicica, etc, foi superior aos custos com a importação. Sendo que juta, borracha, madeira e essência de pau-rosa foram as mais importantes na geração desse superávit.
O "Álbum do Centenário" do nosso acervo foi oferecido pelo prefeito Aderbal Corrêa ao vereador Humberto de Abreu Frazão, avô do meu compadre José Carlos Merabth, que doou esse e outros documento para o ICBS.
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