Dedicatórias
Hoje, 23 de setembro, o Instituto Cultural Boanerges Sena - ICBS completa 41 anos de existência.
Nesse período o Instituto editou mais de seis dezenas de livros de escritores da nossa região. O primeiro em 1998 - "O Tapajós que eu vi" - do saudoso amigo Eymar Franco. Dele recebi um livro autografado com a seguinte dedicatória: "Ao meu grande amigo Cristovam Sena, responsável por tudo o que aconteceu para que este modesto livro fosse publicado. 18/11/98"
As dedicatórias de livros vão além do simples autógrafo do autor, ou de quem presenteia o livro para um amigo. Elas manifestam afeto, expressam o relacionamento entre pessoas, chegando a lembrar fatos relacionados com a obra autografada, valorizando ainda mais aquela produção literária. Algumas dedicatórias não conseguimos decifrar completamente o que está escrito, mesmo assim prevalece o propósito de quem o autografou. Hoje já existem sites que reúnem dedicatórias e anotações deixadas em livros.
A mais antiga dedicatória que guardo é de maio da década de 1960, infelizmente o Aimberê Amaral e Luiz Carlos Botelho não fixaram a data exata. Ganhei dos vizinhos amigos o livro Contos de Machado de Assis: "Cristovam uma pequena lembrança oferecemos-lhe na passagem de seu natalício".
Registro aqui algumas dedicatórias que possuem valor inestimável para mim, dentre os mais de duzentos livros autografados que compõem o nosso acervo.
Do meu irmão José Bonifácio Sena, no livro Gol de letra do Milton Pedrosa, dedicado ao Boanerges Sena: "Ao papai, que amou e ama o futebol brasileiro". 05/09/1972.
Do Emir Bemerguy, no seu livro Aquarela Mocoronga - "Ao grande amigo Cristovão Sena, amante, como eu, das tradições santarenas, ofereço com gratidão e apreço". 14/04/1993.
Do Miguel Pinto, no seu livro Pobre riqueza: "Com todo o meu reconhecimento e gratidão pelo valioso empenho na concretização deste modesto trabalho ao Dr. Cristovão Sena". 1996.
Do Lúcio Flávio Pinto, no seu livro Amazônia o século perdido: "Para o Cristovam, que também é um exército de um homem só travando o bom combate, com admiração do". /1997.
Do Manuel Dutra, no seu livro Ramal dos doidos: "Para Ana Rute e Cristovam, idealizadores vitoriosos do ICBS, com grande apreço". 24/04/1998.
Do Wilde Dias da Fonseca, no seu livro Santarém Momentos Históricos: "Ao Instituto Cultural Boanerges Sena (ICBS), nas pessoas de Ana Rute e Cristóvão Sena, com todo o meu reconhecimento". 20/12/1998.
Do Sebastião Imbiriba no livro Mosaico Amazônico: "Ao querido amigo Cristovam Sena, idealista heroico, trabalhador incansável no soerguimento da cultura Amazônica, com o abraço afetuoso." 30/11/2001
Do Anselmo Colares, no seu livro A história da educação em Santarém: "Aos amigos Cristovam e Rute que conseguem traduzir para a prática o sentimento de amor e respeito por Santarém, tal qual por si próprios". Junho de 2005.
Do Florêncio Almeida Vaz Filho, no seu livro Isso tudo é encantado: "Para o grande combatente em defesa da nossa memória e nossas tradições, Cristovam Sena. Com admiração". 08/01/2013.
Do Jeremy Campbell, no seu livro Conjuring Property: "Ao senhor Cristovam Sena. Para a sua coleção inédita da história santarena. Você me ajudou muito nos primeiros passos deste trabalho, e nunca vou esquecer. Tudo de bom e um forte abraço". 08.07.2016
Do meu amigo Rubens Cardoso da Silva, no livro Todas as Copas do Mundo, do Orlando Duarte: "Amigo Cristovam, lembras da primeira bola? bola de meia, bola de cernambi... bola Pelé, bola pneu (de couro), lembras? Pois é, fostes crescendo assim estabanado e empoeirando teu corpo de moleque nas peladas de rua e colégios, e aperfeiçoastes aquele futebol de até ontem (!) - coisas importantes para tuas reminiscências e para reminiscência dos que te prezam. Agora, nos 42º do surgimento do homem, do desaparecimento do moleque, eu, teu amigo, desejo que sejas o sorvedouro deste livro (com a mesma voracidade com que dominavas a bola dos tempos memoráveis em que a idade era apenas uma expectativa). A esperança não é um sorvete em pleno sol; é espermatozóide, é óvulo, é ovo, é zigoto e Juliano, Camila, Gustavo, craques do século XXI nos teus olhos lustrosos de pai exemplar. Feliz aniversário, do irmão Sacerda". 25/05/1990.
Nesses 41 anos o ICBS tornou-se um vício para nós. Digo isso porque para manter o seu vício o viciado precisa arranjar tempo e dinheiro. Nesse aspecto, o vício ICBS nos conduziu para um objetivo que honra a família e de grande valor para a sociedade, e que já faz parte do patrimônio cultural de Santarém e Região.
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